COMO SER UM PROFESSOR DE EAD
Para lecionar, é essencial conhecer a tecnologia a ser utilizada.
Se há quem fique receoso quando se trata de aprendizado em ambiente virtual, o que dizer quando o caso é ensinar nesse meio? O Ministério da Educação não dispõe de parâmetros oficiais para a formação de educadores a distância. Por isso, em tese, valem para a EAD as mesmas exigências feitas a quem se dedica ao ensino presencial: para a graduação, é necessário ter mestrado na área; quem for assumir uma turma de pós-graduação deve ser mestre ou doutor, de acordo com o tipo de especialização - lato ou stricto sensu. "Os docentes precisam ser altamente qualificados e assumir a responsabilidade por um número grande de alunos".
Algumas características são bem-vindas para quem pretende trabalhar em ambiente virtual. Vani Kenski, diretora da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), destaca três delas: conhecer bem a tecnologia, ter domínio de metodologia específica para ensino a distância e se comunicar bem com os alunos. "É por isso que nem sempre um bom professor presencial se sai bem com uma turma a distância." Em classe, há um tempo predeterminado para dar conta de conteúdo específico. Numa classe virtual, não - uma aula pode se estender por uma semana inteira ou mais, com interações freqüentes dos alunos via chats, fóruns e e-mails. Isso exige não apenas disponibilidade de tempo mas também foco para que os alunos não se dispersem em conversas paralelas ou fujam do tema.
FONTE: Revista Nova Escola
Pedagogia de 2011- UVA
O acesso ao site correto aprimora o conhecimento
sábado, 19 de novembro de 2011
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Apenas 8% das universidades avaliadas pelo MEC obtiveram bons resultados
estadao.com.br, Atualizado: 17/11/2011 17:00 BRASÍLIA
Apenas 8% das instituições de ensino superior avaliadas em 2010 pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) podem ser consideradas de boa qualidade. São 158 estabelecimentos de ensino públicos e privados que obtiveram conceito 4 ou 5 no Índice Geral de Cursos (IGC). O indicador, construído a partir da avaliação dos cursos oferecidos por uma instituição, varia de 1 a 5. Conceitos 1 e 2 são considerados ruins; 3 é considerado satisfatório e 4 e 5, bons.
Das 158 instituições de ensino que obtiveram IGC 4 ou 5, 77 são privadas e 81, públicas. A maioria (53%) das 1.826 avaliadas obteve IGC 3, enquanto 37% tiveram IGC 1 ou 2. Entre os estabelecimentos de ensino com resultado insatisfatório, 640 são privados e 43, públicos. Essas instituições deverão passar por um processo de supervisão, comandado pelo Ministério da Educação (MEC) para melhorar a qualidade dos cursos.
Há ainda 350 escolas que ficaram sem conceito porque foram criadas recentemente e ainda não têm número suficiente de alunos concluintes para participarem do Enade.
Das 27 instituições com IGC 5, 25 estão no Sudeste e duas no Nordeste. As outras regiões não têm nenhuma escola com conceito máximo. Os três primeiros lugares do IGC 2010 ficaram com instituições particulares: a Escola Brasileira de Economia e Finanças (Ebef) da Fundação Getulio Vargas (FGV), do Rio de Janeiro (RJ), a Faculdade de Administração de Empresas (Facamp), de Campinas (SP) e a Escola de Economia de São Paulo (Eesp), da FGV.
Entre as instituições públicas de ensino superior, o melhor resultado foi o da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que aparece em quarto lugar. O Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA) completa a lista das cinco melhores do País, segundo o IGC 2010.
* Atualizada às 17h50 para acréscimo de links
Como Funciona o Twitter
Como funciona o Twitter?
Com reportagem de Rita TrevisanTrata-se de uma ferramenta que permite que sejam escritas mensagens de até 140 caracteres e enviadas a pessoas pré-cadastradas para tal. Os usuários escolhem de quem gostariam de receber suas mensagens e convidam amigos para compartilhá-las. Os textos, conhecidos por twitts, podem ser publicados na internet ou em mensagens SMS, via celular. Desde sua criação, em 2006, a ferramenta ganhou popularidade em todo o mundo e estima-se que hoje conte com 4 a 5 milhões de participantes.
No Brasil, conquistou notoriedade no segundo semestre de 2008, com um público que costuma usar a internet por mais de 50 horas semanais, atualizando o próprio blog e enviando twitts para compartilhar conteúdo e contatar amigos. Por causa dessas funcionalidades, o Twitter pode ser utilizado em sala de aula para o contato do professor com colegas e alunos, já que representa um espaço de interação e compartilhamento de experiências de ensino e atividades da língua escrita.
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quarta-feira, 2 de novembro de 2011
LOUSA INTERATIVA
As novas ferramentas nunca preocuparam a professora de Ensino Fundamental Éride Rosseti , de São Paulo. Com 32 anos de magistério, a educadora assistiu a passagem do quadro-negro para o magnético e maneja, agora, sem problemas a lousa interativa, que permite salvar as tarefas feitas pelos alunos, além de exibir imagens, músicas e vídeos. Incentivada pelo colégio, ela participa de cursos de capacitação e é usuária da comunidade virtual da escola, na qual posta comentários sobre as aulas e exercícios de fixação. "Com a tecnologia, posso interagir com os alunos em tempo real. É uma forma de eles não se sentirem sozinhos quando estão fazendo a lição em casa. As crianças adoram e o professor tem de cumprir o papel social de abraças as novas tecnologias", diz.
Criar um blog foi a alternativa encontrada pela professora de ciências carioca Andrea Barreto para incentivar o hábito da leitura entre seus alunos da rede pública. Sem recursos, ela criou um espaço virtual, no qual os jovens podem tirar dúvidas e participar das discussões feitas em sala de aula. "Percebi a necessidade de ensinar dentro desse novo contexto depois que vi o desinteresse dos alunos. Mesmo os alunos mais carentes acessam a internet das lan houses e isso aumentou o rendimento", observa.
Fonte: revista Nova Escola
Criar um blog foi a alternativa encontrada pela professora de ciências carioca Andrea Barreto para incentivar o hábito da leitura entre seus alunos da rede pública. Sem recursos, ela criou um espaço virtual, no qual os jovens podem tirar dúvidas e participar das discussões feitas em sala de aula. "Percebi a necessidade de ensinar dentro desse novo contexto depois que vi o desinteresse dos alunos. Mesmo os alunos mais carentes acessam a internet das lan houses e isso aumentou o rendimento", observa.
Fonte: revista Nova Escola
sábado, 29 de outubro de 2011
Educadores saem à procura de cursos de capacitação tecnológica
O uso pedagógico da informática tem sido levado às escolas da rede pública de educação básica através do programa Nacional de Tecnologia Educacional, ProInfo, do Ministério da Educação. Muitos educadores, porém, não estão capacitados para utilizá-la. Para atender a essa demanda, o grupo Planetapontocom realiza cursos de mídia-educação, para fornecer um embasamento teórico e técnico a professores de ensino fundamental e médio. Segundo diretora da Planetapontocom, Silvana Gontijo, muitos educadores sentem vergonha de não dominar o uso das máquinas, “A primeira coisa que lidamos é com o medo da tecnologia. Desconstruímos ela”.
A diretora afirma que os cursos têm o papel de levar o educador preparado a ensinar, prender o aluno através de uma fala que faça sentido. Através da utilização dos meios e tecnologia, o professor é provocado e o faz se voltar aos alunos de uma forma mais atual. “Tentamos fazer com que a experiência de estar na escola, pelo educador, seja mais próxima ao mundo do aluno, mais conectado”, explicou Silvana.
Segundo o MEC, computadores e recursos digitais são levados às escolas, mas em contrapartida estados e municípios devem garantir a estrutura adequada para receber e capacitar professores para o uso. No Planetapontocom são as secretarias de Educação que contratam o serviço para os professores. São cursos de 90 horas no total, com cerca de 500 vagas, onde uma aula é presencial e todas as seguintes são virtuais. Para Silvana, esse é também um método de fazer os educadores se familiarizarem com o digital, “Ao se utilizar do meio, o professor necessariamente aprende a mexer com email, fóruns online, redes sociais”, ressaltou.
Para garantir o aproveitamento das aulas, o professor só recebe o certificado após apresentar o projeto que ele deve construir ao longo do curso. Silvana explicou que não se trata apenas de um curso técnico, básico de informática, “O professor aprende fazendo, proporcionamos ferramentas mais extensas, além do técnico”, destacou. Segundo a diretora, os professores têm um grande repertório de alternativas, ferramenta para desenvolvimento de jogos, técnicas de roteiro para conteúdo, além de ganharem cerca de 8.000 arquivos sonoros ao fazerem o curso. Silvana afirma que os professores saem motivados. "Levam uma sensação de que são capazes, conseguem produzir um vídeo, um telejornal em sala, por exemplo”, ressaltou a diretora.
http://redeglobo.globo.com/globoeducacao/noticia/2011/10/educadores-saem-procura-de-cursos-de-capacitacao-tecnologica.html
Atualizado em 01/10/2011 06h22
A diretora afirma que os cursos têm o papel de levar o educador preparado a ensinar, prender o aluno através de uma fala que faça sentido. Através da utilização dos meios e tecnologia, o professor é provocado e o faz se voltar aos alunos de uma forma mais atual. “Tentamos fazer com que a experiência de estar na escola, pelo educador, seja mais próxima ao mundo do aluno, mais conectado”, explicou Silvana.
Segundo o MEC, computadores e recursos digitais são levados às escolas, mas em contrapartida estados e municípios devem garantir a estrutura adequada para receber e capacitar professores para o uso. No Planetapontocom são as secretarias de Educação que contratam o serviço para os professores. São cursos de 90 horas no total, com cerca de 500 vagas, onde uma aula é presencial e todas as seguintes são virtuais. Para Silvana, esse é também um método de fazer os educadores se familiarizarem com o digital, “Ao se utilizar do meio, o professor necessariamente aprende a mexer com email, fóruns online, redes sociais”, ressaltou.
Para garantir o aproveitamento das aulas, o professor só recebe o certificado após apresentar o projeto que ele deve construir ao longo do curso. Silvana explicou que não se trata apenas de um curso técnico, básico de informática, “O professor aprende fazendo, proporcionamos ferramentas mais extensas, além do técnico”, destacou. Segundo a diretora, os professores têm um grande repertório de alternativas, ferramenta para desenvolvimento de jogos, técnicas de roteiro para conteúdo, além de ganharem cerca de 8.000 arquivos sonoros ao fazerem o curso. Silvana afirma que os professores saem motivados. "Levam uma sensação de que são capazes, conseguem produzir um vídeo, um telejornal em sala, por exemplo”, ressaltou a diretora.
http://redeglobo.globo.com/globoeducacao/noticia/2011/10/educadores-saem-procura-de-cursos-de-capacitacao-tecnologica.html
Atualizado em 01/10/2011 06h22
sábado, 22 de outubro de 2011
Criar livros de histórias online
Um site divertido, criativo, que prende a atenção das crianças e que permite a produção textual ao mesmo tempo!
Aí vai o link:
http://www.storyjumper.com
Em home, clicar em sign-up para fazer o cadastro, confirmar a ativação no seu email, depois clicar em create e no primeiro quadrinho (das formigas) para começar a criar a história.
Dá para colocar o cenário, personagens, texto, etc...
Para criar as salas de aula: Clicar em My e Set-up a new class.
Possível utilização em todos os segmentos.
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Possível utilização em todos os segmentos.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
ENTREVISTA COM LÉA FAGUNDES SOBRE A INCLUSÃO DIGITAL
Pioneira no uso da informática educacional no Brasil, Léa Fagundes cobra políticas públicas para o setor e defende a ajuda mútua entre professores e alunos.
Segundo a especialista, o caminho mais curto e eficaz para introduzir nossas escolas no mundo conectado passa pela curiosidade, pelo intercâmbio de idéias e pela cooperação mútua entre todos os agentes envolvidos no processo. Sem receitas preestabelecidas e os ranços da velha estrutura hierárquica que rege as relações entre professores e estudantes.
Léa defende a disseminação de softwares livres, sem custo e de fácil acesso pela internet. Consultora de programas federais que visam ampliar a inclusão digital nas escolas brasileiras, a professora pede mais seriedade à classe política: "Os projetos são iniciados e interrompidos periodicamente, pois as sucessivas administrações não se preocupam em dar suporte e continuidade a eles".
A senhora coordena programas ligados à inclusão digital em escolas públicas. Que lições tirou dessa experiência?
Na década de 1980, descobri que o computador é um recurso "para pensar com", e que os alunos aprendem mais quando ensinam à máquina. Em escolas municipais de Novo Hamburgo, crianças programaram processadores de texto quando ainda não existiam os aplicativos do Windows, produziram textos de diferentes tipos, criaram protótipos em robótica e desenvolveram projetos gráficos. Hoje, encontro esses meninos em cursos de ciência da computação, mecatrônica, engenharia e outras áreas. Na Escola Parque, que atendia meninos de rua em Brasília, a informática refletiu na formação da garotada, melhorando sua auto-estima e evidenciando o desempenho de pessoas socialmente integradas. Alguns desses garotos foram contratados como professores e outros como técnicos.
A educação brasileira pode vencer a exclusão digital?
Há excelentes condições para que isso aconteça. No Brasil já temos mais de 20 anos de estudos e experiências sobre a introdução de novas tecnologias digitais na escola pública. Esses dados estão disponíveis. O Ministério da Educação vem criando projetos nacionais com apoio da maioria dos estados, como o Programa Nacional de Informática Educativa (Proninfe) e o Programa Nacional de Informática na Educação (Proinfo). Muitas organizações sociais e comunitárias também colaboram nesse processo.
O que mais emperra o uso sistemático da informática nas escolas públicas?
A falta de continuidade dos programas existentes nas sucessivas administrações. Não se pode esperar que educadores e gestores tomem a iniciativa se o estado e a administração da educação não garantem a infra-estrutura nem sustentam técnica, financeira e politicamente o processo de inovação tecnológica.
Nossas escolas estão preparadas para utilizar plenamente os recursos computacionais?
A escola formal tem privilegiado essa concepção: é preciso preparar a pessoa para que ela aprenda. Mas o ser humano está sempre se desenvolvendo. Assim, as instituições também estão constantemente em processo. Por isso, a escola não precisa se preparar. Ela começa a praticar a inclusão digital quando incorpora em sua prática a idéia de que se educa aprendendo, quando usa os recursos tecnológicos experimentando, praticando a comunicação cooperativa, conectando-se. Mas algumas coisas ainda são necessárias. Conseguir alguns computadores é só o começo. Depois é preciso conectá-los à internet e desencadear um movimento interno de buscas e outro, externo, de trocas. Cabe ao professor, no entanto, acreditar que se aprende fazendo e sair da passividade da espera por cursos e por iniciativas da hierarquia administrativa.
Qual é sua avaliação sobre a proliferação de centros de educação a distância?
Nestes tempos de transição vamos conviver com projetos honestos e desonestos, alguns bem orientados e outros totalmente equivocados. O pior dos males é a voracidade do mercado explorador da educação a distância. Espero que a própria mídia tecnológica dissemine informações para o público interessado ter condições de analisar esses centros. É importante discriminar os cursos consistentes dos que "vendem ensino", ou seja, que reproduzem o ensino da transmissão, fora de contexto, em que o aluno memoriza sem compreender.
Léa da Cruz Fagundes
Gaúcha, com 58 anos de magistério, a coordenadora do Laboratório de Estudos Cognitivos do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul dedica-se há mais de 20 anos à informática educacional. Psicóloga com mestrado e doutorado com ênfase em informática e conferencista internacional requisitada, Léa Fagundes preside atualmente a Fundação Pensamento Digital, organização não governamental que dissemina a computação entre populações carentes.
(revista Nova Escola)
Segundo a especialista, o caminho mais curto e eficaz para introduzir nossas escolas no mundo conectado passa pela curiosidade, pelo intercâmbio de idéias e pela cooperação mútua entre todos os agentes envolvidos no processo. Sem receitas preestabelecidas e os ranços da velha estrutura hierárquica que rege as relações entre professores e estudantes.
Léa defende a disseminação de softwares livres, sem custo e de fácil acesso pela internet. Consultora de programas federais que visam ampliar a inclusão digital nas escolas brasileiras, a professora pede mais seriedade à classe política: "Os projetos são iniciados e interrompidos periodicamente, pois as sucessivas administrações não se preocupam em dar suporte e continuidade a eles".
A senhora coordena programas ligados à inclusão digital em escolas públicas. Que lições tirou dessa experiência?
Na década de 1980, descobri que o computador é um recurso "para pensar com", e que os alunos aprendem mais quando ensinam à máquina. Em escolas municipais de Novo Hamburgo, crianças programaram processadores de texto quando ainda não existiam os aplicativos do Windows, produziram textos de diferentes tipos, criaram protótipos em robótica e desenvolveram projetos gráficos. Hoje, encontro esses meninos em cursos de ciência da computação, mecatrônica, engenharia e outras áreas. Na Escola Parque, que atendia meninos de rua em Brasília, a informática refletiu na formação da garotada, melhorando sua auto-estima e evidenciando o desempenho de pessoas socialmente integradas. Alguns desses garotos foram contratados como professores e outros como técnicos.
A educação brasileira pode vencer a exclusão digital?
Há excelentes condições para que isso aconteça. No Brasil já temos mais de 20 anos de estudos e experiências sobre a introdução de novas tecnologias digitais na escola pública. Esses dados estão disponíveis. O Ministério da Educação vem criando projetos nacionais com apoio da maioria dos estados, como o Programa Nacional de Informática Educativa (Proninfe) e o Programa Nacional de Informática na Educação (Proinfo). Muitas organizações sociais e comunitárias também colaboram nesse processo.
O que mais emperra o uso sistemático da informática nas escolas públicas?
A falta de continuidade dos programas existentes nas sucessivas administrações. Não se pode esperar que educadores e gestores tomem a iniciativa se o estado e a administração da educação não garantem a infra-estrutura nem sustentam técnica, financeira e politicamente o processo de inovação tecnológica.
Nossas escolas estão preparadas para utilizar plenamente os recursos computacionais?
A escola formal tem privilegiado essa concepção: é preciso preparar a pessoa para que ela aprenda. Mas o ser humano está sempre se desenvolvendo. Assim, as instituições também estão constantemente em processo. Por isso, a escola não precisa se preparar. Ela começa a praticar a inclusão digital quando incorpora em sua prática a idéia de que se educa aprendendo, quando usa os recursos tecnológicos experimentando, praticando a comunicação cooperativa, conectando-se. Mas algumas coisas ainda são necessárias. Conseguir alguns computadores é só o começo. Depois é preciso conectá-los à internet e desencadear um movimento interno de buscas e outro, externo, de trocas. Cabe ao professor, no entanto, acreditar que se aprende fazendo e sair da passividade da espera por cursos e por iniciativas da hierarquia administrativa.
Qual é sua avaliação sobre a proliferação de centros de educação a distância?
Nestes tempos de transição vamos conviver com projetos honestos e desonestos, alguns bem orientados e outros totalmente equivocados. O pior dos males é a voracidade do mercado explorador da educação a distância. Espero que a própria mídia tecnológica dissemine informações para o público interessado ter condições de analisar esses centros. É importante discriminar os cursos consistentes dos que "vendem ensino", ou seja, que reproduzem o ensino da transmissão, fora de contexto, em que o aluno memoriza sem compreender.
Léa da Cruz Fagundes
Gaúcha, com 58 anos de magistério, a coordenadora do Laboratório de Estudos Cognitivos do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul dedica-se há mais de 20 anos à informática educacional. Psicóloga com mestrado e doutorado com ênfase em informática e conferencista internacional requisitada, Léa Fagundes preside atualmente a Fundação Pensamento Digital, organização não governamental que dissemina a computação entre populações carentes.
(revista Nova Escola)
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